Melbourne/Austrália – O alemão Mischa Zverev venceu na madrugada deste domingo, o britânico Andy Murray, nº 1 do mundo, e avançou as quartas de finais do Aberto da Austrália.
Com uma atuação soberba, Mischa colocou o líder do ranking mundial na defensiva, e após 3h33min, marcou 3 sets a 1, parciais de 7/5, 5/7, 6/2 e 6/4.
Cinco vezes vice-campeão da competição, desde 2009, Murray não caia tão cedo em Melbourne.
Perguntado sobre quem ele preferia enfrentar nas quartas de finais, o alemão disse: “Eu ainda não processei o que acabei de fazer”, disse Mischa que foi 118 vezes a rede e marcou 65 pontos.
Na próxima rodada, Mischa vai enfrentar o vencedor do confronto entre o suíço Roger Federer e o japonês Kei Nishikori que se enfrentam no último jogo da rodada.
O jogo
Murray começou a partida mandando nos pontos. Com uma quebra, o britânico abriu 3/1. Mas o estilo de jogo de Mischa obrigava o número 1 do mundo a atacar, como é um dos maiores especialistas em contra-ataque, o britânico começou a sofrer no jogo. Murray chegou a liderar em 5/3, mas de forma surpreendente, o alemão marcou quatro games consecutivos e legou a primeira parcial em 7/5
A segunda parcial foi igualmente bem disputada, mas Murray resolveu atacar o segundo serviço de Mischa, a tática deu certo e o britânico devolveu o placar e empatou a partida.
O terceiro set foi totalmente de Mischa, ele passou a utilizar slices fundos, com subidas à rede, Mischa também passou a atacar os serviços de Murray. Com duas quebras, Mischa fechou em 6/2 e aumentou ainda mais as dificuldades para o rival.
O quarto set começou dramático para o britânico, com o serviço quebrado logo no primeiro game, ele ficou o tempo todo atrás do placar. Com a vantagem em sets, e com no mínimo um game a frente, Mischa não permitiu nenhuma chance de quebra a Murray. Com autoridade, no 12º game, ele sacou com maestria, e com um erro de Murray, ele conquistou a sua maior vitória da carreira até o momento.
Luiz Fernandes
Atuação incrível do alemão e grande fragilidade psicológica do britânico que parece não ter percebido a chance que tinha para abrir uma boa distância no ranking em relação ao Djokovic.
Parabéns pela matéria