São Paulo/SP – Depois de ficar seis meses afastado do circuito, sofrer uma cirurgia no joelho, e passar um longo tempo fortalecendo a parte física, o suíço Roger Federer voltou ao circuito e de forma surpreendente conquistou o título do Aberto da Austrália.
Os céticos, logo foram a rede para dizer que os seus principais concorrentes (Djokovic e Murray) não estavam no seu melhor momento, e que o espanhol Rafael Nadal não tinha mais a mesma força de antes. O suíço então, venceu dois ATP 1000 (Indian Wells e Miami) com apresentações incontestáveis, vencendo Nadal (duas vezes) e Wawrinka.
Surpreendeu a todos quando resolveu ficar fora da temporada de saibro, e anunciou que não estava em condições de enfrentar jogos duros no saibro, onde a troca de boas impera.
Quando o circuito de grama começou, ele foi eliminado pelo amigo Tommy Haas logo na primeira rodada em Stuttgart.
O suíço contou que este jogo serviu de alerta sobre as próximas competições, ele intensificou os treinamentos e na semana seguinte, jogou Halle e mostrou que a derrota foi um acidente de percurso.
Em Londres, ele foi designado como 3º cabeça de chave, na estreia, não precisou de muito esmero, já que o rival (Dolgopolov) abandonou ainda no início do segundo set. Na segunda rodada não passou sustos diante de Dusan Lajovic, na sequência, fez um bom duelo com Mischa Zverev. Na terceira rodada teve um ótimo teste com o amigo Grigor Dimitrov. Já nas quartas de finais, fez uma segura exibição diante do canadense Milos Raonic, que em 2016 o tirou da final. Na semifinal, fez o seu duelo mais complicado, quando precisou de dois tiebreaks para eliminar o tcheco Tomas Berdych. Na decisão, teve o controle das ações e finalmente chegou ao oitavo título de Wimbledon.
Em sete meses de atividades, Federer conquistou dois eventos de Grand Slam, repetindo feitos obtidos em 2009, e outros dois torneios de ponta, e um preparatório (Halle) com atuações perfeitas.
Além da parte física, Federer começou a utilizar uma nova raquete, com cabeça um pouco maior (97’), deu mais confiança ao suíço que além da sua refinada técnica, passou a contar com a ajuda de uma nova tecnologia na principal ferramenta de jogo.
Prestes a completar 36 anos (08/08/2017), Federer se reinventou, ele está inscrito nos principais torneios até o US Open, é bem provável que até o próximo evento de Grand Slam, Federer que continua quebrando recordes, encare Djokovic ou Murray, aí veremos o quanto ele ainda pode continuar dando alegria a seus fãs.
Ave Federer
É um gênio. Um mito do esporte.