Londres/Inglaterra – O suíço Roger Federer, aos 37 anos, estreia neste domingo no ATP Finals, competição que reúne os oito melhores tenistas do ano.
Federer, atual número 3 do mundo, que ao longo da carreira, conquistou 99 títulos, e é o recordista em conquistas do ATP Finals com seis títulos, estreia no próximo domingo diante do japonês Kei Nishikori.
Em entrevista ao The Times, Federer, perguntado sobre uma possível aposentadoria respondeu: “O tênis é a minha paixão e vou continuar a jogar o maior tempo possível, porque eu realmente amo isso”.
“A única coisa que importa para mim nesta vida é ter a companhia de minha esposa e meus filhos, e seguir no tênis. Se eu puder ganhar mais torneios, será fantástico, caso contrário, tudo vai continuar bem”, disse o suíço.
“Quando sou eliminado, preciso deixar rapidamente para trás o resultado, pois não quero que meus filhos pensem que estou bravo porque perdi”, continuou o suíço.
Federer também fez uma reflexão sobre as alegrias e tristezas da profissão de um tenista profissional: “Nos melhores momentos de nossas carreiras estamos sozinhos e não têm ninguém para abraçar. Você dá sua mão para o juiz de cadeira e, nesse momento, você pensa: ‘Eu gostaria de poder ter alguém ao meu lado’. Não é como no futebol, em que você está com seus companheiros de equipe, há apenas um aplauso educado”.
Federer não se furtou a comentar o entrevero entre a norte-americana Serena Williams e o árbitro Carlos Ramos na decisão do US Open.
“O juiz de cadeira foi rígido, mas ela foi longe demais e poderia ter evitado tudo aquilo. Foi uma situação um pouco infeliz para todos os envolvidos”, pontuou Federer.
Ele ainda teceu comentários sobre a premiação dos jogadores nos eventos.
“Os jogadores recebem apenas 8% da receita total, não quero dizer que o prêmio de 2 milhões para o vencedor seja pequeno, mas talvez os perdedores de primeira rodada devessem receber mais. Eu também gostaria que os Slams participassem da pensão dos jogadores. O oferecido pelo ATP é muito baixo e muitos jogadores poderiam se beneficiar”, finalizou o suíço que sempre esteve empenhado em melhorar a condição dos seus pares após a aposentadoria.
Luiz Fernandes