Melbourne/Austrália – A alemã Angelique Kerber quase foi eliminada logo na primeira rodada do Aberto da Austrália, quanto teve que salvar um match point no duelo com a japonesa Misaki Doi.
Depois, encarou nas quartas de finais a bielorrussa Victoria Azarenka, a quem jamais tinha conquistado uma vitória. Foi ganhando confiança, e na decisão, enfrentou de igual pra igual, a norte-americana Serena Williams.
Sem nada a perder, já que Serena era favoritíssima, Kerber entrou em quadra determinada, venceu o primeiro set, colocou pressão sobre a número 1 do mundo, improvisou, correu muito, devolveu saques que vinham a 200km, deu deixadas, vibrou muito, e no final, logo na sua primeira decisão de Grand Slam, saiu da quadra vencedora, na comemoração, em lagrimas, se jogou ao chão, e acabou surpreendida com a atitude de Serena que atravessou a quadra para abraça-la.
“É assim que eu sou, um pouco maluca. Estava confiante para dar uma deixadinha. O game estava longo e precisava fazer alguma coisa diferente, algo inesperado. Quando acertei o primeiro ganhei a confiança para fazer outro e foi isso que fiz. Era uma questão de esperar o momento certo de novo”.
“Tive duas semanas malucas. Salvei um match-point no primeiro jogo, nas quartas venci Azarenka pela primeira vez. Aí enfrentei Serena em minha primeira final de Grand Slam, o que é uma honra.
“Hoje, tentei acreditar mais em mim mesma. A vitória sobre Azarenka me mostrou que sou uma jogadora muito boa e que posso vencer nestas quadras importantes.
“Tentei ficar relaxada até o final, jogando um ponto de cada vez. No primeiro set eu joguei muito bem, no segundo ela estava sacando melhor e no terceiro foi tudo muito parelho”.
“Quando bati na bola do match-point tudo o que eu queria era que ela passasse por cima da rede”.
“Serena é uma verdadeira campeã. Ela me disse que estava muito feliz por mim, que eu merecia. Ela é uma grande pessoa, que está fazendo história e inspirando as pessoas”.
Luiz Fernandes