São Paulo/SP – O tenista brasileiro Bruno Soares, que na última semana conquistou dois títulos no Aberto da Austrália, chegou um pouco atrasado a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, na sede de um dos seus patrocinadores em São Paulo.
O atraso foi por conta da greve dos aeroviários responsáveis pelo check-in e despacho das bagagens, e dos aeronautas (pilotos e comissários de bordo).
Bruno respondeu a todas as perguntas, falou sobre detalhes da conquista inédita em Melbourne. Ele disputará o Rio Open e também o Brasil Open, mas ainda não sabe quem estará em seu lado nestes dois torneios.
“Jamie (Murray), ainda não se definiu sobre estes dois torneios, já que tem jogos da Copa Davis”, disse Bruno. Ele também confirmou que disputará alguns torneios nesta temporada com Marcelo Melo, mas isto ainda vai depender dos seus respectivos parceiros. Nos dois eventos (Rio Open e Brasil) é bem provável que eles não estejam do mesmo lado da chave.
Sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro
O brasileiro que considera os eventos de Grand Slam mais difíceis, acha que a disputa dos Jogos Olímpicos é imprevisível, já que se considera o ranking de simples, e desta forma, algumas parcerias que serão cabeças de chave, podem não refletir em quadra esta condição, já que raramente jogam juntas.
“Grand Slam é mais difícil que Olimpíada. Pois lá está o que há de melhor no circuito, com gente bem preparada”, disse Bruno. “Olimpíada é imprevisível pelo fato de os jogadores muitas vezes se juntarem de última hora. Passa a ser imprevisível”, continuou.
“O fato de usar o ranking de simples para definir os cabeças de chave muda muita coisa. Às vezes, pode deixar o torneio mais acessível. Por isso considero o Grand Slam mais difícil. Olimpíada, com pouquinho de sorte, pode pegar chave bem acessível”, comentou o mineiro.
“Temos boa chance de medalhas”, afirmou.
Perguntado sobre uma eventual pressão por jogar em casa, Bruno enfatizou:
“Tem duas formas de lidar com ela (pressão). Uma é se encolher e outra encarar de frente. A melhor opção para mim é encarar de frente. Pressão é interessante, porque as pessoas só pressionam em quem acreditam. Isso serve como motivação”.
Bruno e Melo disputaram juntos os Jogos Olímpicos de 2012 (Londres), eles foram eliminados nas quartas de finais pelos franceses Michael Llodra e Jo-Wilfried Tsonga.
Perguntado pelo Tênis Virtual, sobre as mudanças ocorridas nos últimos anos no tênis profissional, Bruno lembrou que ultimamente, o tenista tem que se preocupar com vários fatores, físico, técnico e psicológico, também enfatizou que a alimentação e os suplementos são muito importantes para uma boa temporada.
“Mudou muito nos últimos anos, hoje, os tenistas de ponta jogam os torneios acompanhados por técnicos, nutricionistas, fisioterapeuta, e isto ajuda muito na recuperação, o tenista treina e joga muito forte, e isto precisa ser equalizado o tempo todo”, finalizou.
Luiz Fernandes/Carlos Eduardo