A tenista russa Maria Sharapova anunciou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, que durante o Aberto da Austrália, foi pega no exame antidoping.
Segundo a russa, ela faz uso há dez anos do medicamento Melonium, que ajuda a melhor o fluxo sanguíneo, e que nesta temporada passou a fazer parte da lista de remédios proibidos pela Wada (Agencia Mundial Antidoping).
“Eu cometi um grande erro, eu decepcionei os meus fãs e o esporte que joguei desde os quatro anos de idade. Assumo total responsabilidade”, disse Sharapova.
“Eu recebi uma carta da Wada no dia 22 de dezembro com as mudanças que seriam realizadas para este ano, onde os testes seriam e um link para as alterações e eu não olhei esta lista”, continuou.
“(O médico) me receitou esta substância pela primeira vez em 2006. Eu tinha uma série de problemas de saúde naquela época. Eu estava ficando doente com muita frequência. Eu tinha falta de magnésio. Meus exames mostraram que eu tinha sinais de diabetes”, continuou explicando.
“Muitos de vocês acharam que eu iria anunciar a minha aposentadoria, mas não faria isso em um hotel no centro de Los Angeles com um carpete tão feio”.
“Eu não quero encerrar a carreira desta maneira. Eu espero que me deem uma chance para jogar de novo tênis”, praticamente implorou Sharapova.
Além de Sharapova, outra atleta russa, a patinadora no gelo Ekaterina Bobrova, também foi flagrada no exame, o resultado foi anunciado nesta segunda-feira.
O medicamento Meldonium é produzido na Letônia, e não contem substancias aprovadas pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos.
A ITF e a WTA ainda não se manifestaram sobre a situação de Sharapova, mas é bastante provável que ela receba uma punição exemplar, o que afastaria a possibilidade de disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Luiz Fernandes