Finais serão realizadas neste sábado, com destaque para Marina Figueiredo e Nalanda Silva nos 16 e 14 anos feminino. Outros dois brasileiros buscam final de 16 anos masculino, enquanto EUA terá representante na final masculina de 18
São José dos Campos (SP) – Após dois títulos seguidos, o Brasil não terá os campeões de simples das categorias 18 e 14 anos masculino, mas busca títulos importantes neste sábado nas chaves femininas de 14 e 16 e na masculina de 16 anos no 46º Banana Bowl – Troféu Alcides Procopio, na Associação Esportiva São José, em São José dos Campos.
Neste sábado, a partir das 9h, acontecem as semifinais de 18 anos e de 14 e 16 anos masculino, além das finais de todas as finais de 14 e 16 anos do torneio mais tradicional do Brasil.
Último brasileiro na chave masculina de 18 anos, o paulista Gabriel Décamps começou esta sexta-feira vencendo o americano Vasik Kirkov, em jogo que havia sido interrompida devido à chuva na quinta-feira. Após a vitória por 6/3 5/7 6/3, o jogador treinado pelo medalhista pan-americano William Kyriakos perdeu para o americano Ulises Blanch, cabeça de chave 2, com 6/3 6/1.
“Ele sacou muito bem e entrou bem na quadra, mas eu também não fiz o que eu tinha combinado com meu técnico e quando você joga errado, nesse nível de ITF, as coisas não dão certo”, analisou Décamps, que segue para jogar em Porto Alegre.
Pelo sétimo ano, os Estados Unidos terão um finalista do Banana Bowl. Os americanos Ulises Blanch e Oliver Crawford lutam para entrar na lista que tem os nomes de John McEnroe, Bill Stanley, David Witt, Kristian Capalik, Andy Roddick e Spencer Papa em decisões na história do torneio.
Do outro lado da chave, o japonês Yosuke Watanuki, cabeça de chave 1, e o alemão Louis Wessels, décimo favorito, duelam por uma vaga na final que será inédita para ambos os países.
A paraguaia Lara Escauriza precisou salvar dois match points na vitória diante da americana Natasha Subhash, com 6/4 4/6 7/5, para chegar às semifinais de 18 anos feminino. Ela enfrentará a húngara Panna Udvardy, que derrotou a americana Caty McNally por 2/6 6/0 6/3. Do outro lado, a sueca Mirjam Bjorklund derrotou a colombiana Emiliana Arango e decide a vaga contra a britânica Emily Appleton, que passou pela japonesa Ayumi Miyamoto.
Mineira na final – O Brasil voltou a ter uma representante na final feminina de 16 anos do Banana Bowl pela primeira vez desde Luisa Stefani em 2013. Nesta sexta-feira, a mineira Marina Figueiredo se garantiu na decisão ao bater a peruana Melissa Moscoso por 6/1 7/5. Ela encara a venezuelana Luniuska Delgado, que venceu a gaúcha Laura Wayerbacher por 7/5 6/4. “Já joguei contra e sei que ela tem muito talento e faz o que quer com a bola, mas não gosta de correr muito. Vou tentar ficar muito firme do fundo, tentar ser agressiva e ter tranquilidade”, avalia. “Estou muito feliz com essa final, mas sei que eu tenho capacidade de ganhar o título”.
Chance de final brasileira – O pernambucano João Lucas Reis e o brasiliense Gilbert Klier Júnior duelam com argentinos neste sábado em busca da final de 16 anos masculino do Banana Bowl após a rodada dupla desta sexta-feira, na qual Reis venceu o argentino Boruch Skierkier por 6/1 4/6 6/2, e Klier Junior derrotou o equatoriano Antonio March por 6/2 6/0. Reis enfrentará Bruno Caula, que venceu o paulista Matheus Pucinelli por 7/5 4/0 e retirada, após o brasileiro ter sentido cãibras. O adversário de Klier Junior será Tomas Descarrega, que venceu uma batalha contra o paulista Mateus Alves por 4/6 6/0 7/6(4). O último brasileiro campeão da categoria foi Marcelo Zormann, em 2012.
De Minaçu à final do Banana Bowl – Atleta que veio de um projeto social na cidade de Minaçu, a goiana Nalanda Silva tem a chance de entrar para uma lista que tem Gabriela Sabatini, Niege Dias e Teliana Pereira, campeãs da categoria 14 anos feminino do Banana Bowl. Nalanda derrotou a colombiana Maria Torres Murcia por 5/7 6/2 6/4 e se garantiu na decisão para enfrentar a chilena Jimar Gerald Gonzalez, cabeça de chave 3 em São José dos Campos. “Eu comecei sempre atrás, mas continuei firme. O terceiro set começou 3/0 para ela, jogando muito bem, e busquei. Consegui chegar a 5/4 e joguei bem no último game”, comemorou Nalanda, que também avaliou a adversária da final “Sei que ela bate bem forte, mas dá para ganhar”.
Daniela Giuntini