Miami/EUA – A norte-americana Serena Williams, 36 anos, dona de 23 títulos de Grand Slams, há quase um ano fora das quadras, disse em entrevista a revista Vogue que pretende chegar a 25 títulos desta magnitude.
Recordista em títulos da Era Aberta do tenis, ela que tornou-se mãe recentemente da bebê Olympia, demonstrou muita confiança em continuar sua vencedora carreira, superando a australiana Margaret Court.
“Para ser honesta, é realmente atraente a ideia de me mudar para San Francisco e apenas ser mãe. Mas ainda não é hora. Eu absolutamente quero mais títulos de Grand Slam. Estou bem ciente dos livros de recordes e não é segredo que minha meta é chegar a 25”, declarou a norte-americana na entrevista a Vogue, cuja edição Serena aparece na capa com a filha no colo.
“Lembro-me do quanto eu estava estressada em chegar ao Grand Slam número 18, para me igualar a Chrissie [Evert] e Martina [Navratilova]”, disse a americana, que em 2014 conseguiu o feito.
“Eu tinha perdido em todos os Grand Slam naquele ano, estava no US Open e Patrick [Mouratoglou], meu treinador, disse: ‘Serena, isso não faz sentido. Você está tão estressada pelo 18º Slam. Por que não 30? Por que não 40?”, lembrou a norte-americana que até pouco tempo liderava o ranking mundial.
“Para mim, isso deu clique. Ganhei o 18º, o 19º e 20º imediatamente depois disso. Por que eu gostaria de me igualar a alguém quando eu posso me destacar sozinha?”, continuou a norte-americana, que conseguiu vencer os quatro Grand Slam seguidos entre o US Open de 2014 e Wimbledon no ano seguinte.
“E na verdade, acho que ter um bebê pode ajudar. Quando estou ansiosa, perco jogos, e sinto que muita ansiedade desapareceu quando Olympia nasceu. Sabendo que eu tenho esse belo bebê em casa, me faz sentir que não tenho que jogar qualquer outra partida. Não preciso do dinheiro, dos títulos ou do prestígio. Eu quero, mas não preciso disso. Isso é um sentimento diferente para mim”, continuou Serena.
Serena que desistiu do Aberto da Austrália, por achar que ainda não está pronta para as competições, tão logo o evento termine, ela vai sair do ranking, já que não joga uma partida há um ano, mas é certeza que quando voltar, vai ganhar muitos convites pra jogar e rapidamente voltará a figurar entre as melhores do mundo.
“Não houve uma número 1 dominante desde que eu estive lá. Seria legal ver se eu posso chegar de novo para o que eu chamo de ‘meu lugar’, onde eu sinto que pertenço. Eu não jogo para ser a segunda melhor ou a terceira melhor. Se não houver uma número 1 clara, posso recuperar meu lugar”.
Luiz Fernandes