Nova Iorque/EUA – O austríaco Dominic Thiem, agora campeão do US Open, viveu durante a partida contra o amigo alemão, Alexander Zverev, que decidiu o título, momentos de incertezas. No quinto set, ele pediu atendimento médico antes de sacar para fechar o jogo em 6/5. Ele acabou tendo o serviço quebrado e foi para o tiebreak mancando muito.
Também foi possível perceber que ele ao invés de utilizar o seu potente revés, optou por usar slices que eram atacados por Zverev, que conquistou muitos pontos desta forma.
Já com o título garantido, e perguntado sobre o que sentiu para chamar o médico antes de um momento tão importante do jogo, o austríaco dirimiu as dúvidas. “Fisicamente, eu estava 100% bem no início da partida e não senti dor no tendão de Aquiles (que o incomodou na semifinal). O problema foi o nervosismo, pois estava tudo muito equilibrado”, disse Thiem que chegou a estar dois sets a baixo de Zverev.
“Comecei a sentir um pouco de cãibra no final do quinto. Foi a primeira vez em anos que eu tive cãibras. E elas não eram físicas, mas mentais porque eu estava muito pressionado o tempo todo. De alguma forma, a cabeça estava ganhando do corpo”, disse o austríaco que no quinto set, teve a chance de resolver o jogo no décimo game, quando sacou em 5/3, viu o rival encostar no placar e a decisão ir para o tiebreak.
Na cerimônia de premiação, Thiem falou da amizade com Zverev. “Nos conhecemos em 2014 e imediatamente começamos a desenvolver uma grande amizade. E depois uma grande rivalidade. Fizemos grandes coisas dentro quadra e fora dela, é incrível o quão longe nossa jornada nos trouxe para compartilhar este momento. Gostaria que pudéssemos ter dois vencedores hoje. Nós dois merecíamos”, declarou Thiem.
“Esta partida realmente merecia mais de um campeão e tenho certeza que você Zverev também vai levantar um troféu como este em breve. Obrigado por ser um grande rival e mais ainda por ser um verdadeiro amigo no circuito”, disse o austríaco em declaração em uma de suas contas na rede social.
Pela quarta vez em uma decisão de Grand Slam, o austríaco falou das dificuldades de trabalhar com esta situação. “Tinha que ser assim, minha carreira sempre foi como o jogo de hoje: muitos altos e baixos. Mesmo assim, eu amo o jeito como tudo isso aconteceu”, concluiu o agora campeão do US Open.