Sydney (Austrália) – O australiano Nick Kyrgios, 25 anos, mais uma vez abordou o seu problema com a depressão. Em entrevista a revista Stellar, ele afirmou que houve momentos em que ele não queria ver a luz do dia e se sentia solitário.
Em 2018, ele também abordou o assunto, e na época, disse que estava se consultando com um psicólogo, com o objetivo de melhorar a sua saúde mental.
“Quando eu estava mal – e não era apenas por causa do tênis -, houve momentos em que eu fiquei seriamente depressivo. Me lembro de acordar um certo dia em Xangai e não sair da cama até as quatro horas da tarde, com as cortinas fechadas. Não queria ver a luz do dia”.
O australiano também afirmou que a depressão é um “lugar solitário e escuro, segundo ele, isso começou com a pressão sobre si. “Sentia que ninguém queria saber de mim como pessoa, apenas me ver como um tenista e me usar. Não conseguia confiar em ninguém. Muitos colocavam pressão em mim e eu também fazia isso. Perdi o prazer de jogar e tudo saiu do controle. Achava que decepcionava as pessoas porque não estava vencendo meus jogos”.
O australiano afirmou que a pandemia e o isolamento social acabaram ajudando a controlar mais a ansiedade, já que ele pode ficar mais tempo em casa. “Sinto falta do circuito, dos grandes jogos e torneios, mas eu não respiro tênis o tempo inteiro. Gosto de ficar em casa com a família e a namorada, cuidar da minha fundação e ajudar a comunidade. Há muitas coisas que gosto de fazer”.
No começo de 2020, Kyrgios se envolveu na luta contra os incêndios na Austrália e fez e participou de diversas ações beneficentes durante a pandemia em Camberra. Em uma destas ações, ele chegou a comprar o equivalente a US$ 6,5 mil em doces, e distribuiu pela vizinhança.
Luiz Fernandes