A terça-feira foi movimentada no Itamirim Clube de Campo com os quase cem jogos previstos do Taroii Juniors Cup, mas também com a presença ilustre de Vitor Kley, um dos grandes nomes da música brasileira, que acompanhou no fim do dia um pouco das partidas do torneio com pontos para o ranking mundial juvenil que tem parceria com a Confederação Brasileira de Tênis e a Federação Catarinense de Tênis.
Vitor é filho de Ivan Kley, um dos grandes nomes do tênis brasileiro o fim da década de 70 e durante os anos 80, e também foi tenista juvenil tendo disputado alguns eventos importantes até seus 16 anos quando foi buscar sua carreira de músico.
“Joguei o Banana Bowl, joguei a Copa Gerdau que tinha na época também, todos os campeonatos que tinham na época, cresci com a raquete na mão, cresci com o pai em casa querendo ser igual a ele com os troféus ele tinha uma salinha alta que eu me encantava, tinha até um cheiro diferente bom que trazia coisas boas. Eu falei pra ele ‘um dia quero jogar’ e aí ficava acompanhando”, lembrou Vitor que vê o tênis como muito importante para o sucesso em sua carreira musical.
“Tênis é uma lição para a vida , ajudou muito na minha carreira como músico, o lado mental , ultrapassar os desafio, é que nem na quadra, tem momento de dificuldade que o adversário está sólido demais e você precisa mudar sua estratégia de jogo, ir por outros caminhos, é algo que vou levar para a vida inteira, todo o treinamento que a gente tinha, tudo isso faz a gente ter força para seguir em frente, acreditar nos nossos sonhos saber que a vida não é assim, não vai cair do céu, é preciso ir atrás, ralar”.
Vitor planeja voltar a fazer shows entre novembro e dezembro e vê com bons olhos os próximos meses de retomada diante da pandemia: “Ainda não está voltando full, está voltando devagar, mas dá pra ter uma visão do que vem pela frente, tem época que nem isso tinha. Está demorando, não fizemos nenhum show ainda devemos voltar por novembro ou dezembro,” disse Kley que contou como foi o começo da pandemia diante do confinamento: “Foi uma coisa muito louca mental, todo mundo sofreu, eu sofri pra caramba no sentido de ‘será que lanço música, será que não lanço?’ As pessoas vão ouvir, mas não vão ao show, não vou vê-las cantando. Foi estranho pois estávamos acostumados a lançar e já tocando no final de semana então tivemos que nos adaptar, nos reinventar. É como no tênis, é um desafio que temos que passar por cima e vida que segue, entender esse mundo novo e vamobora”.
O Taroii Juniors Cup tem 600 atletas de sete países dos 8 aos 18 anos com pontos no ranking mundial até 18 anos, pontos no ranking sul-americano Cosat nos 14 e 16 anos e pontos no ranking nacional da CBT nos 12 anos e Tennis Kids.