Orlando Luz (ADK Tennis, do Itamirim Clube de Campo, em Itajaí (SC)está em preparação para a parte final da temporada e entre um treino e outro vem acompanhando a disputa do Taroii Juniors Cup, torneio juvenil com pontos no ranking da Federação Internacional de Tênis e que conta com a parceria da Confederação Brasileira de Tênis e da Federação Catarinense de Tênis.
Orlando brilhou como juvenil vencendo Banana Bowl, a antiga Copa Gerdau, semi de Roland Garros e ocupando o topo do ranking. Atual 292 do mundo no profissional e no top 100 de duplas, ele lembrou da época passada e vem aproveitando a semana para repassar sua experiência para os jovens e as crianças: “Bate muita saudade. Começo da semana eu treinei e fiquei até mais tarde no clube acompanhando os jogos, coisa que eu não faço. Foi a época que mais me divertia nos torneios vendo essa criançada dando risada, sem tanta preocupação, eles só querem jogar, estar em quadra, mais pra frente passa a virar trabalho e se perde um pouco a essência. É bem legal estar no meio das crianças, poder conversar com elas, passando minha experiência para eles, quando eles vêm e perguntam alguma coisa sou o primeiro a responder, passar a ideia de como é a vida de profissional ou como que fiz essa transição do juvenil, todos têm muitas curiosidades, isso me deixa muito feliz. Não tenho muito isso no dia a dia. Ver os jogos, dar uma força pros atletas do Itamirim, é importante pra eles”, apontou o tenista de 23 anos que teve recentemente sua primeira experiência defendendo o Brasil no time titular da Copa Davis. Ele venceu o primeiro jogo no confronto contra o Líbano fora de casa onde saíamos vencedores e buscaremos a vaga na elite em 2022.
“Tive algumas oportunidades de estar com a equipe alguns anos como o quinto jogador ou juvenil ganhando experiência. Dessa vez foi diferente, ter iniciado jogando o confronto era um peso muito grande. A gente sabia que sair 1 a 0 acima ou abaixo faria muita diferença mentalmente para o grupo então me vi numa oportunidade muito boa de provar do porquê estava lá. Graças a Deus foi pro meu lado, me mantive bem, sempre estive na frente, um pouco de nervosismo na hora de fechar, até normal pra quem está jogando pela primeira vez, saí com a vitória. Time inteiro ganhou, clima muito bom até porque são todos meus amigos. Não só como evento, mas a equipe, o time, esse primeiro contato com o Jaime Oncins (capitão), Marcos (Daniel) como treinadores foi uma coisa muito legal para minha carreira”.
Orlando não se deslumbra com a experiência e está com os pés no chão focado nos últimos compromissos do ano. Ele treina esta e mais duas semanas com a equipe da ADK Tennis até viajar para os torneios de Bogotá, Colômbia, e Lima, no Peru. E finalizará o ano com Montevidéu, no Uruguai, e a sequência de challengers no Brasil em novembro e dezembro.
“Com certeza são coisas positivas, que acrescentam. Aproveitei minha chance, vivi minha primeira semana de Copa Davis onde são poucas pessoas que têm essa oportunidade, mas agora é pé no chão e começamos do zero de novo,” apontou: “Agora oportunidade muito boa de jogar na América do Sul e no Brasil. Esse ano passei cinco meses na Europa por essa questão.”
Orlando tem pontos importantes a defender na reta final de 2021 e não coloca metas ousadas de ranking, apenas querendo se manter no top 300 de simples e entre os 100 do mundo nas duplas: “Tenho muitos pontos a defender nesse final de ano, tenho que defender alguns títulos. fico bem tranquilo e não quero passar por cima de nenhum degrau. Caso eu consiga resultados maiores nessa gira quem sabe chegar até o quali do Australian Open e caso não consiga, sem nenhum pavor, vou buscar entrar no quali de Roland Garros”.
O avanço no ranking nas duplas também não muda os planos do atleta que segue focado nas simples: “A prioridade segue sendo as simples. Se tivesse focado nas duplas estaria com ranking melhor, jogando os ATPs. Não estou preocupado com isso, sou bem jovem. Meu sonho e vontade é jogar simples e sei que tenho muito tempo para estar disputando as duplas. Se Deus quiser vou baixar meu ranking para jogar nível ATP de simples e conseguir engrenar e subir mais nas duplas também.”