Londres/Inglaterra – O sérvio Novak Djokovic, líder do ranking mundial, em sua primeira entrevista coletiva após a deportação da Austrália, afirmou textualmente que não pretende disputar eventos que exijam a vacinação para o Covid19.
“Nunca fui contra a vacinação”, disse o sérvio à BBC, e aproveitou confirmando que tomou vacinas quando criança, “mas sempre apoiei a liberdade de escolher o que você coloca em seu corpo. Os princípios de tomada de decisão sobre meu corpo são mais importantes do que qualquer título ou qualquer outra coisa. E esse é o preço que estou disposto a pagar”.
O sérvio disse quando perguntado que: “Sempre foi um grande estudante de bem-estar, saúde e nutrição”. Completou dizendo que a sua decisão foi parcialmente influenciada pelo impacto positivo que fatores como a mudança de sua dieta e seus padrões de sono tiveram em suas habilidades como um atleta.
Continuando as respostas, o sérvio disse: “Estou mantendo a mente aberta” sobre a possibilidade de ser vacinado no futuro, porque estamos todos tentando encontrar coletivamente a melhor solução possível para acabar com a Covid”. “Eu nunca fui contra a vacinação. Entendo que, globalmente, todos estão tentando fazer um grande esforço para lidar com esse vírus e ver, espero, um fim em breve para esse vírus”.
Perguntado se foi infectado propositalmente no final de dezembro, o sérvio respondeu: “Eu entendo que há muitas críticas e entendo que as pessoas apresentem teorias diferentes sobre a sorte que tive ou o quão conveniente é”.
“Mas ninguém tem a sorte e a conveniência de pegar o Covid. Milhões de pessoas têm e ainda estão lutando contra a Covid em todo o mundo. Eu realmente não gosto que alguém diga que eu tentei ter um exame PCR positivo para eventualmente ir à Austrália”.
Sobre o erro cometido na declaração de solicitação do visto para a disputa do AUS Open, o sérvio contestou a posição apresentada pelo ministro australiano: “O erro na declaração de visto não foi feito deliberadamente”. “Foi aceito e confirmado pela Justiça Federal e pelo próprio ministro no Ministério da Imigração da Austrália. O que as pessoas provavelmente não sabem é que eu não fui deportado da Austrália porque não fui vacinado, ou quebrei alguma regra ou que cometi um erro na minha declaração de visto. Tudo isso foi aprovado e validado pelo Tribunal Federal da Austrália e pelo Ministro da Imigração”.
O sérvio também contestou a tese do ministro, onde ele expôs que a presença de Djokovic na Austrália, estimularia o comportamento anti-vacina.
“A razão pela qual fui deportado da Austrália foi porque o Ministro da Imigração usou seu critério para cancelar meu visto com base em sua percepção de que eu poderia criar algum sentimento anti-vacina no país ou na cidade, do qual discordo completamente”. Finalizou.