Chennai/Índia – A paulistana Luisa Stefani estreia nesta quarta-feira (14) no WTA 250 de Chennai, na Índia, evento sobre o piso duro que começou na segunda-feira (12). Luisa faz seu retorno às quadras após um ano parada por conta de cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho. A paulistana atua com a canadense Gabriela Dabrowski, 11ª do mundo, e enfrenta a dupla formada pela grega Despina Papamichail e a britânica Katie Swan, às 8h30 (horário de Brasília), no primeiro jogo da quadra 2.
Luisa e Gabi formaram dupla no segundo semestre do ano passado, com título no WTA 1000 de Montreal, no Canadá, e vice-campeonatos no WTA 1000 de Cincinnati e WTA 500 de San Jose, nos Estados Unidos, e semifinal no US Open, Grand Slam norte-americano em que Luisa acabou se lesionando.
“Estamos treinando bem, nos climatizando, muito bom jogar com a Gabi de novo. Os primeiros treinos trouxeram ótimas lembranças. Jogos aqui são à noite, é adaptar à luz, quadra é boa, bola é diferente, muito úmido, no geral gostei bastante dos primeiros treinos jogando pontos. Animada para a estreia”, disse Luisa, que tem os patrocínios da Fila, Faros Private XP e XP Investimentos e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
A tenista seguirá de Chennai para Tóquio, no Japão, onde disputará, a partir do dia 19, o torneio WTA 500 de Tóquio, ao lado da japonesa Ena Shibahara.
Fazendo história na carreira – Luisa, de 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10a. posição do ranking mundial juvenil.
Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.
Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho ganhou mais duas posições – 23º lugar. Conquistou, no fim de julho, a inédita medalha de Bronze Olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e com o vice-campeonato em Cincinnati subiu para 17ª do mundo. Com a semifinal do US Open chegou a ser a 12ª do ranking e posteriormente ocupou o nono lugar na tabela durante o início de 2022.