Santos/SP – Juvenil ou profissional? Nem um nem outro, em transição, um dos momentos mais desafiadores para um jogador de tênis. Conseguir entrar no primeiro torneio profissional sem pontos no ranking da ATP é uma tarefa árdua, geralmente possível apenas por meio de convites da organização dos eventos. Tanto no Brasil Tennis Open quanto na Santos Brasil Tênis Cup, o Instituto Sports deu convite para a chave principal para Luís “Guto” Miguel, marcando assim sua estreia aos 15 anos no circuito profissional. Outros jovens talentos da mesma geração também tiveram a oportunidade de estar no ATP Challenger 50, realizado no Tênis Clube de Santos. Seja como “sparring” ou como convidados para o qualifying, todos eles se beneficiaram da convivência com os jogadores profissionais. Para alguns dos convidados na chave de duplas, a premiação mesmo para aqueles que foram eliminados na primeira rodada foi uma surpresa, evidenciando a inexperiência dos jovens atletas.
O tênis brasileiro está em ascensão, impulsionado pelos recentes feitos de João Fonseca, Thiago Wild, Thiago Monteiro e Felipe Meligeni. Esses nomes já são uma fonte de inspiração para os jovens talentos que estão dando os primeiros passos na modalidade.
Pedro Longobardi, de 15 anos, foi um dos convidados para o classificatório e comentou: “Achei incrível participar do qualifying. Percebi a diferença em todos os aspectos, desde o jogo em si até o ritmo e a consistência. Meu objetivo é me tornar um jogador profissional, e me inspiro muito no Thiago Wild, que considero um excelente jogador, assim como no João Fonseca, que, apesar de ser um pouco mais novo, também é um atleta incrível.”
Filipe Bullamah não competiu na chave, mas foi convidado para ser “sparring” do torneio. Atleta da INNI, ele treina na academia de Flávio Saretta e ficará a semana toda à disposição dos jogadores para treinos. Ele concorda que a consistência e os poucos erros são as principais diferenças entre o tênis juvenil e o profissional, mas destaca que “o aspecto mental é o mais importante”. “Em termos de físico e técnica, todos estamos em um nível semelhante, mas a força mental pode fazer a diferença no jogo, por este motivo me preocupo em trabalhar isso com um psicólogo.” Cada vez mais, os juvenis buscam um treinamento completo para não deixar nada de fora.
“Faço mentoria e trabalho com um psicólogo para estar forte mentalmente”, completou Longobardi.
Na disputa pelos US$ 41 mil em prêmios e pelos 50 pontos no ranking mundial, o principal favorito, o cazaque Dmitry Popko, foi eliminado pelo argentino Hernan Casanova por 6/4 7/6(5). Gonzalo Bueno venceu seu compatriota peruano Nicolas Alvarz por 7/5 6/2. As quartas de final do ATP Challenger 50 serão disputadas nesta quinta-feira nas quadras de saibro do Tênis Clube de Santos, a partir das 11 horas, com entrada gratuita.