Rio Claro/SP – Férias nas universidades dos Estados Unidos e torneios no Brasil são uma combinação que beneficia várias tenistas brasileiras que optaram pelo tênis universitário, mas desejam manter seus pontos na WTA.
Carolina Xavier Laydner e Maria Carolina Ferreira Turchetto são exemplos dessa realidade. Após concluírem o primeiro ano na universidade, vieram passar as férias na casa dos pais. No entanto, férias mesmo, elas não têm. As duas aproveitaram a Copa Feminina de Tênis de Rio Claro para tentar manter o ranking na WTA.
Carolina, 19 anos, defende a Universidade North Texas, enquanto Turchetto, também de 19 anos, joga na Liberty University, na Virgínia. Os rankings delas, 1270 e 1013 respectivamente, garantem entrada na chave dos ITF W15 mil, como o que acontece no Clube de Campo de Rio Claro. Daí a importância de manter ou aumentar os pontos durante as férias.
O sistema universitário norte-americano permite que suas tenistas joguem torneios profissionais, desde que o prêmio não ultrapasse os gastos da semana. Em Rio Claro, a campeã ganha US$ 2.160,00, mas a primeira rodada oferece apenas US$ 156,00. Para pontuar na lista da WTA, elas precisam alcançar as quartas de final.
“Tênis não tem férias. Quero jogar profissional depois da universidade e agora tenho que manter meus pontos, então este é o caminho, vir jogar os torneios”, explicou Laydner, que segue para o ITF W15 de Maringá e depois ainda disputará torneios na Argentina antes de voltar aos Estados Unidos.
As duas entraram direto na chave principal da Copa Feminina de Tênis e não precisaram jogar o qualifying, que terminou nesta segunda-feira e colocou mais brasileiras na disputa principal. Laura Badia, de Porto Alegre, jogou apenas dois eventos profissionais na carreira e entrou como alternante em Rio Claro. Passou por rodada dupla hoje, vencendo Yasmin Costa (BRA) por 6/3 6/2 e Sofia Mendonça (BRA) por 6/4 4/6 12/8 para garantir a entrada na chave.
A entrada para os jogos é gratuita, mediante resgate de ingressos sempre no dia anterior ao evento clicando aqui ou de forma presencial no dia.
“É incrível, ainda estou pasma, em choque. Tive que salvar match point. O jogo estava sob controle, ganhando 6/3 4/3, mas do nada a adversária começou a jogar muito bem e eu caí um pouco. A negra foi muito dura, mas consegui levar. Estou muito feliz, tive a sorte de entrar e vou aproveitar e dar o meu melhor em todas as partidas.” Outras duas brasileiras também passaram o quali: Maria Eduarda Lages e Cecília Costa, além de Francesca Mattioli (ARG), Katja Markus (ARG), Alessandra Caceres (CHI) e Fernanda Contreras (CHI). Ainda estão em quadra Bianca Bernardes (BRA) e Heydi Doldan (PAR).