Paris/França – Na partida que reuniu duas jogadoras número um do mundo, a atual, Iga Swiatek acabou levando a melhor sobre a japonesa Naomi Osaka, atual 134ª.
E foi uma partida emocionante. A polonesa levou o primeiro set, foi literalmente atropelada no segundo, e no set decisivo esteve bem próxima de ter a sua invencibilidade em Paris quebrada. Ela reagiu, salvou um match point e após 2h57, marcou 2 sets a 1, parciais de 7/6(1), 1/6 e 7/5. Avançando a terceira rodada de Roland Garros.
Na próxima rodada, Swiatek vai enfrentar a vencedora do confronto entre a tcheca Marie Bouzkova e a croata Jana Fett.
“É difícil ter pensamentos lógicos, porque foi um jogo muito intenso e de alto nível. Eu estava em apuros no terceiro set. Mas consegui de alguma forma vencer. Estou feliz por não ter desistido”, declarou Swiatek na entrevista feita ainda na quadra.
“Foi muito mais intenso para uma partida normal de segunda rodada”, pontuou Swiatek que aumentou a sua invencibilidade em Paris, ela agora tem 17 vitorias.
“Minha mente às vezes voava, mas quando eu estava realmente sob maior pressão, conseguia me concentrar mais e jogar melhor, sem pensar em qual era o placar e que estava muito perto de perder. E talvez isso tenha feito a diferença”.
A polonesa elogiou a sua rival, que também tem quatro títulos de Grand Slam, e da mesma forma, liderou o ranking da WTA.
“Naomi jogou um tênis incrível, estava totalmente solta em quadra. Talvez ela se torne uma especialista no saibro daqui a algum tempo. Ela merece estar nos grandes palcos, porque joga um ótimo tênis”.
“Eu tenho um grande respeito por ela, pelas causas que ela sempre lutou e também por ser mãe. Nunca estive nessa situação, mas acho que deve ser difícil conciliar essas duas coisas e voltar depois da maternidade. Fico feliz que ela esteja de volta”, finalizou Swiatek que agora lidera o confronto com duas vitórias em três jogos com Osaka.
A polonesa também falou diretamente aos torcedores presentes na quadra central: “Tenho um enorme respeito por vocês e sei que estamos jogando por vocês, mas às vezes, sob muita pressão, quando você grita alguma coisa durante o rali, é muito difícil manter a concentração. Normalmente não falo disso porque quero manter o foco no jogo. Mas isso é sério para nós. Estamos dando a vida toda para sermos cada vez melhores. As responsabilidades são grandes e há muito dinheiro envolvido”.
“Perder alguns pontos pode mudar muita coisa. Por favor, pessoal, se vocês puderem nos apoiar entre os pontos, mas não durante os ralis, isso seria ótimo. Espero que vocês ainda gostem de mim porque sei que o público francês pode marcar alguns jogadores de quem não gosta e vaiar. Mas eu amo vocês e sempre adoro jogar aqui”, finalizou Swiatek, que na próxima sexta-feira completará 23 anos.