Londres/Inglaterra – A tenista tcheca Barbora Krejcikova, 28 anos, ex-número 2 do mundo, e atual 32ª, campeã em 2021 em Roland Garros, depois de três anos chegou novamente a decisão em um evento de Grand Slam.
Nesta quinta-feira, ela superou a cazaque Elena Rybakina, 4ª do mundo em duelo emocionante e dramático, de virada, por 2 sets a 1, parciais de 3/6, 6/3 e 6/4.
Na decisão, Krejcikova vai enfrentar no próximo sábado as 10h, a italiana Jasmine Paolini, que mais cedo venceu a croata Donna Vekic 2 sets a 1, parciais de 2/6, 6/4 e 7/6(8).
Este será o segundo embate entre elas. No primeiro, disputado no Aberto da Australia em 2018, a tcheca saiu vencedora.
“Para ser sincera, não me lembro do jogo contra ela. Já faz muito tempo e foi uma grande jornada para nós duas chegar à final de Wimbledon”, disse a Krejcikova.
“Ainda não assisti às partidas dela durante o torneio, exceto um pouco de hoje, quando estava acompanhando o placar. Eu estava mais concentrada no meu próprio jogo. Espero que a final seja um jogo difícil e com muita luta de ambos os lados”.
“Nunca sonhei que jogaria a final de simples aqui. Estou muito orgulhosa do meu espírito de luta hoje”, disse Krejcikova, que vai em busca seu segundo título de Slam.
Na entrevista, Krejcikova homenageou a sua compatriota Jana Novotna, campeã em Wimbledon em 1998, que faleceu em 2017 aos 49 anos.
“Trabalhei com Jana Novotna e ela me contava muitas histórias sobre sua jornada de quando venceu aqui. Ela é minha inspiração. Eu luto por todas as bolas, porque acho que é isso que ela gostaria que eu fizesse”. Com a voz embargada ela precisou se recompor para completa a frase: “Sinto muita falta dela”.
“Depois que eu saí do juvenil, Jana foi muito importante para mim, porque tive a oportunidade de conhecê-la e de passar um tempo com ela, ver como ela se comportava e como ela se tornou uma grande campeã”, continuou a tcheca, na coletiva de imprensa. “Nós conversávamos sobre as partidas dela aqui. Acredito que ela ficaria orgulhosa por mim”.
“Sinto que tenho de melhorar em tudo. Acho que melhorei em superfícies mais rápidas e tive que desenvolver meu jogo, porque todo mundo está evoluindo também”.
“Estou aproveitando este momento muito mais agora do que em Paris. Antes deste torneio tive um período difícil e disse a mim mesma que tentaria aproveitar mais”, afirmou a Krejcikova, que tem títulos em todos os Grand Slam nas duplas, ao lado da compatriota Katerina Siniakova. “Já tive muitas conquistas e queria me divertir mais do que me estressar com o tênis. Até agora, acho que tive muito sucesso nisso”.
Luiz Fernandes