
Londres/Inglaterra – O suíço Roger Federer que no último domingo conquistou o título de Wimbledon pela oitava vez na carreira, deixou claro que pretende disputar a competição na próxima temporada. O suíço que ficou seis meses afastado em 2016, justamente após disputar a competição, desta vez acredita que está em boas condições para seguir adiante.
“Depois do que aconteceu na temporada passada, eu sempre tento pensar um ano à frente, tanto no calendário de torneios como na agenda de preparação física. Eu totalmente me vejo jogando aqui no ano que vem”, disse o suíço.
“Gostaria de agradecer às pessoas e dizer que espero voltar no ano que vem, mas você nunca pode garantir, especialmente para mim com 35 para 36 anos, mas meu objetivo é estar aqui no ano que vem e tentar defender o título”, continuou o suíço.
“Chegar ao oitavo título foi muito especial. Wimbledon sempre foi e sempre será o meu torneio favorito. Meus heróis estiveram nessas quadras e, por causa deles, eu me tornei um jogador melhor. Fazer história em Wimbledon realmente significa muito para mim”, disse o suíço que se tornou o primeiro a conquistar a competição pela oitava vez.
“Curiosamente, eu não pensei muito sobre isso hoje ou mesmo na cerimônia de premiação. Eu estava apenas feliz por ter conquistado Wimbledon de novo, porque foi uma jornada muito longa e emocionante”. Pontuou Federer.
“Acho que a pausa do ano passado foi realmente necessária para reavaliar minha condição e voltar ao meu melhor. Vocês ririam se eu lhes dissesse que eu iria ganhar dois Slams este ano. Eu não acreditava que eu ganharia dois”, lembrou Federer, que no início da temporada venceu o Aberto da Austrália.
Sobre a possibilidade de continuar a carreira, o suíço fez piadas. “Se a saúde me permitir e eu sentir que está tudo bem, posso me colocar num congelador e tirar 300 dias de folga”. “Mas jogar em Wimbledon e vencer são duas coisas diferentes, é importante lembrar disso”, disse com semblante sério.
“Você pode treinar tão bem quanto quiser e se sentir tão bem quanto quiser nos treinos, mas quando chega a pressão dos jogos tudo pode acontecer. Você não pode recriar essa sensação nos treinos e não sabe como o corpo vai reagir em determinadas situações de jogo, quando você está tenso. É por isso que é preciso ter um equilíbrio entre treinos e jogos”.
“Eu amo jogar, tenho uma equipe maravilhosa, minha esposa apoia que eu continue jogando, ela é minha fã número 1. Eu amo jogar nos grandes estádios e não me importo se preciso treinar ou viajar”, continuou.
Perguntado sobre a situação do adversário na decisão, quando este começou a chorar no início do segundo set, o suíço disse: “Eu não conseguiria dizer agora qual era o problema dele. Quando ele chamou o médico pela primeira vez, pensei que ele estivesse passando mal. As pessoas querem ver uma partida mais equilibrada e eu entendo totalmente”, finalizou Federer.
Luiz Fernandes