Tenista está disputando torneios em um Resort egípcio
Desde o início de março, o paulista Tiago Lopes decidiu apostar em um calendário diferente, disputando torneios no paradisíaco balneário egípcio de Sharm El Sheikh. Nesta semana, ele começou bem, vencendo de virada o qualifier americano Hady Habib, parciais de 5/7 6/2 7/5 e garantiu vaga nas oitavas de final do ITF Future que distribui US$ 10 mil em prêmios, realizado em quadras rápidas, no Egito. Amanhã, ele desafia o cabeça de chave 1, o português Frederico Silva, 256º do mundo, em busca de vaga nas quartas, num confronto inédito.
“O jogo de ontem foi bem difícil, tive que lutar bastante para ganhar. Durante a partida, os ventos eram de 30 a 40 km/h. Às vezes não é só a parte do tênis que você tem que administrar por aqui. Mas, fiquei feliz por passar a rodada e seguir vivo no torneio. Amanhã, tenho mais um jogo duro, preciso entrar com bastante foco, porque o Frederico vem jogando bem. Vou dar meu melhor e espero sair com a vitória”, disse Lopes, atual 782º da ATP, que está treinando na Tennis Square desde janeiro deste ano.
Este já é o quarto torneio Future que Tiago está disputando no Egito, chegando às quartas de final na semana passada. As competições são realizadas em um Resort em Sharm El Sheikh, localizada na Península do Sinai, banhada pelo Mar Vermelho, destino procurado por muitos turistas europeus e com todas as facilidades para os tenistas.
“Quando entrei na Tennis Square, conversei com meu treinador, o Andre Watanabe, e decidimos jogar em um lugar em que eu teria mais chances de entrar direto na chave principal. Agora é um momento difícil de somar pontos porque os torneios são muito duros. A ideia era vir para ficar um mês mesmo por causa da distancia. O lugar é maravilhoso, um resort perto da praia e com um ótimo custo benefício”, contou.
Tiago também falou sobre algumas diferenças entre jogar na América do Sul e na África. “Aqui tem algumas características complicadas, venta muito e você acaba enjoando um pouco da comida. E é claro que a cultura é diferente, eles são muito religiosos. Uma coisa divertida é a questão do comércio, da barganha. Aqui o vendedor te dá um preço, depois você pode começar a pechinchar, é engraçado. No geral, acho que estar em um lugar diferente é bom, jogar contra pessoas diferentes, você adquire mais bagagem no tênis. Na América do Sul, a gente acaba enfrentando sempre os mesmos jogadores”, finalizou.
Renata Mendes Dias