Rio de Janeiro/RJ – A grande final do Rio Open apresentado pela Claro, entre o argentino Diego Schwartzman e o espanhol Carlos Alcaraz, neste domingo, às 17h30, no Jockey Club Brasileiro, será marcante. O argentino, número 14 do ranking mundial, pode ser o primeiro bicampeão do maior torneio de tênis da América do Sul. Do outro lado, o jovem de 18 anos busca seu primeiro título de ATP 500 para subir mais um degrau numa carreira de enorme potencial. Será a primeira partida entre os dois no circuito mundial.
Para chegar à decisão, eles tiveram que vencer duas partidas neste sábado por causa da chuva que caiu na sexta e adiou os jogos. Alcaraz passou pelos italianos Fabio Fognini (6/2 e 7/5) e Matteo Berrettini (6/2, 2/6 e 6/2), e Schwartzman eliminou o compatriota Francisco Cerundolo (7/6 (4) e 6/3) e o espanhol Pablo Andujar (7/6 (3), 4/6 e 6/4).
O jovem espanhol tem boas recordação das quadras do Rio. Foi na edição 2020 que ele venceu sua primeira partida nível ATP, quando tinha 16 anos. A vitória sobre Berrettini nas quartas foi a quarta dele diante de um tenista top 10. “Não foi fácil jogar dois jogos difíceis no mesmo dia, me surpreendi por aguentar. Muito feliz de estar na minha primeira final de ATP 500, e enfrentar o Diego. Amanhã tentarei usar a juventude a meu favor”, disse o atual número 29º do mundo, e que já tem um título na carreira, o ATP 250 de Umag 2021.
“A torcida de hoje foi impressionante, tirei força deles, jogar no Brasil e sentir isso não entendo, é espetacular pra um argentino”, disse Schwartzman, campeão do Rio Open em 2018. “Agora é descansar e me preparar para amanhã. Tomara que o jogo entre Alcaraz e Fognini termine tarde, eles durmam mal, para eu fazer um bom jogo”, brincou o argentino, que terminou sua semifinal antes do rival.
Schwartzman, de 29 anos, foi vice-campeão na semana passada, no ATP 250 de Buenos Aires. O argentino tem quatro títulos na carreira, sendo o Rio Open o mais importante. A final deste domingo é a terceira dele em um ATP 500 – também foi vice em Vienna 2019.
Berrettini se despede de torneio na cidade onde sua avó nasceu
Eliminado por Alcaraz nas quartas, Berrettini deixou o Rio feliz após a experiência de jogar pela primeira vez na cidade onde sua avó nasceu. “Ontem consegui vencer depois da parada por causa da chuva, mas hoje não deu. Carlos jogou muito bem. Foi uma ótima semana, eu tinha muita vontade de jogar aqui e gostei bastante. A atmosfera é maravilhosa, a torcida incrível, as pessoas amam o tênis. O Rio Open é um ótimo lugar para jogar”, disse o vice-campeão de Wimbledon 2021.
Fognini e Bolelli enfrentam Molteni e Gonzalez para definir rivais de Bruno na final
A semifinal dos italianos Fabio Fognini e Simone Bolelli contra o argentino Andres Molteni e o mexicano Santiago Gonzalez ficou para este domingo, às 16h, na quadra 1. Os vencedores enfrentarão na final do Rio Open o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray, em jogo marcado para depois da final de simples, na quadra central.
Rio Open presta homenagem a ex-jogador Flávio Saretta
A noite de sábado do Rio Open também foi marcada pela homenagem para o ex-jogador Flávio Saretta. Como vem fazendo desde a primeira edição, reconhecendo as conquistas dos grandes nomes do tênis brasileiro, o Rio Open preparou um vídeo relembrando momentos da carreira do ex-número 44 do ranking mundial, com depoimentos de pessoas importantes na sua vida, como Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni.
O treinador João Soares, responsável por formar Saretta, e Ricardo Acioly, diretor de relações do Rio Open, entregaram uma placa comemorativa ao ex-jogador. Na plateia, sua esposa Suzana Alves e os filhos Felipe e Benjamim prestigiaram o momento. “Fazia muito tempo que eu não entrava numa quadra de tênis com tanta gente, até me deu saudades dos jogos. É a primeira homenagem que eu recebo, emoção forte para mim. Agradeço à organização, é importante esse gesto porque o Brasil não valoriza seus ídolos e atletas. Me sinto honrado”, disse Saretta, de 41 anos.
Saretta nasceu em Americana, interior de São Paulo, e foi contemporâneo do Guga. É considerado um dos melhores tenistas do Brasil. Foi o 12º colocado do ranking juvenil, e em 2003, teve o melhor ano da carreira. Em Roland Garros, derrotou o russo Yevgeny Kafelnikov, ex-número 1 do ranking, e atingiu as oitavas de final, sendo superado pelo multicampeão americano Andre Agassi. Em Wimbledon, derrotou o sueco Thomas Johansson, campeão do Australian Open no ano anterior e então 11º do mundo, e parou na terceira rodada do Grand Slam londrino.
Em 2004, conquistou seu único título de ATP, no torneio de Umag, na chave de duplas ao lado do argentino Jose Acacuso. Em 2007, Saretta obteve uma de suas principais conquistas: a medalha de ouro do Pan do Rio de Janeiro, seu último título na carreira. Com 28 anos, ao sofrer novamente com lesões, em especial uma fratura por estresse no cotovelo direito, se aposentou oficialmente das quadras.
RESULTADOS SÁBADO:
[7] Carlos Alcaraz (ESP) x Fabio Fognini (ITA) – 6/2 e 7/5
[3] Diego Schwartzman (ARG) 2 x 0 [SE] Francisco Cerundolo (ARG) – 7/6 (4) e 6/3
[7] Carlos Alcaraz (ESP) 2 x 1 [1] Matteo Berrettini (ITA) – 6/2, 2/6 e 6/2
[3] Diego Schwartzman (ARG) 2 x 1 [PR] Pablo Andujar (ESP) – 7/6 (3), 4/6 e 6/4
Fabio Fognini (ITA) 2 x 0 Federico Coria (ARG) – 6/4 e 6/2
[SE] Francisco Cerundolo (ARG) 2 x 1 Miomir Kecmanovic (SRB) – 5/7, 6/2 e 6/4
[3] Jaime Murray (GBR)/Bruno Soares (BRA) 2 x 0 [1] Marcel Granollers (ESP)/Horacio Zeballos (ARG) – 6/3 e 6/2
Santiago Gonzalez (MEX)/Andres Molteni (ARG) 2 x 0 Lorenzo Sonego (ITA)/Andrea Vavassori (ITA) – 7/5 e 6/4
RODADA DE DOMINGO
QUADRA 1
16h – semifinal – Simone Bolelli (ITA)/Fabio Fognini (ITA) x Santiago Gonzalez (MEX)/Andres Molteni
QUADRA GUGA KUERTEN
17h30 – final simples – [3] Diego Schwartzman (ARG) x [7] Carlos Alcaraz (ESP)
Seguido de – final duplas – [3] Jaime Murray (GBR)/Bruno Soares (BRA) x Simone Bolelli (ITA)/Fabio Fognini (ITA) ou Santiago Gonzalez (MEX)/Andres Molteni