Melbourne/Austrália – O sérvio Novak Djokovic, 2º do mundo, que nesta quinta-feira foi eliminado ainda na segunda rodada do Aberto da Austrália, pelo uzbeque Denis Istomin, 117º, amargou o seu pior resultado em um evento de Grand Slam, desde 2007.
Seis vezes campeão em Melbourne, o sérvio que defendia o título conquistado em 2016, vai perder muitos pontos no ranking da ATP.
No final da temporada de 2016, o sérvio já acusa o golpe de perder a liderança no ranking mundial para o britânico Andy Murray.
Brincalhão nos tempos que era unanimidade no circuito, o sérvio agora demonstra o seu lado sisudo. Durante o ATP 250 de Doha, ele perdeu a linha várias vezes, chegando inclusive a sofrer duas punições em uma mesma partida.
Ao anunciar a saída do alemão Boris Becker de sua equipe, Djokovic agradeceu os préstimos que recebeu do treinador. Becker dias depois, disse que Djokovic deixou de ganhar jogos importantes, por não ter feito o dever de casa. O sérvio não retrucou, mas com certeza esta declaração abriu um sinal de alerta em sua equipe.
No mesmo ATP de Doha, o sérvio várias vezes, aos berros dizia alguma coisa a sua equipe, principalmente durante os pontos que levava a pior diante do britânico Andy Murray na decisão. Como ganhou a competição, os gestos de Djokovic foram amainados, não se sabe o que acontecerá nas próximas horas, com esta eliminação precoce em Melbourne.
Fato é, que ninguém pode tirar o mérito do sérvio pelas conquistas que ele teve nos últimos anos. Um ganhador aprende desde cedo, que a vitória é doce, aproxima fãs, amigos nem sempre leais, atrai prestigio, dinheiro e glorias. Já as derrotas são momentos de reflexões e mudanças.
Rafael Nadal, quando foi ultrapassado por Djokovic no ranking, também mostrou o seu lado azedo, e deu declarações bem próximas das que o sérvio ultimamente tem proferido aos quatro ventos.
Só o tempo dirá como Djokovic vai digerir este momento em que passou de principal favorito ao título em eventos de Grand Slam, a eliminação ainda na segunda rodada. Eu não me surpreenderia se ele voltar ainda mais forte, já que o peso que carregava saiu de suas costas.
Aguardemos, o tênis atual está muito dinâmico, o cara a ser batido no momento é o britânico Andy Murray, e se o suíço Roger Federer vencer na manhã desta sexta-feira, o tcheco Tomas Berdych, e Murray superar o norte-americano Sam Querrey, Murray e Federer farão um duelo imperdível que levará o vencedor a semifinal em Melbourne.
Cinco vezes vice-campeão da competição, o britânico em todas as vezes que chegou à final, perdeu ou para Federer, ou para Djokovic.
Luiz Fernandes
Sim. Vamos ver agora como se comporta o Federer contra o Berdych, seu primeiro grande teste.
Independentemente disso, nunca as portas estiveram tão abertas para o eterno vice Murray subir o degrau.
Parabéns pela matéria.
Dias melhores virão para o Djoko… enquanto isso, o Murray precisa aproveitar a instabilidade do sérvio.
Convenhamos. Nem Djokovic, tampouco Nadal tem a grandeza de jogo do Federer, embora possam até ser mais vencedores do que ele. É o tênis da força e do preparo físico, por isso a longevidade de sua hegemonia, que, no entanto pode ser superada por tenistas talentosos e competitivos que estão no circuito, como é o caso do Istomin. Parece que o Murray foi lá comendo pelas beiradas e aprendeu um jeito de ganhar os torneios grandes, mas nem ele é unanimidade hoje. Bom para o tênis.
Foi uma surra de tênis!!! O circuito estava muito monótono, mais do mesmo sempre, nem tinha mais graça. Valeu ficar com os palitinhos nos olhos e mais de 4h ligado, show!!!