Finais acontecem a partir das 9h, com transmissão do Sportv 3 nos jogos de 18 anos. Brasil tem campeão garantido na categoria 16 anos masculino do tradicional torneio
São José dos Campos (SP) – O 46º Banana Bowl – Troféu Alcides Procopio conhecerá neste domingo os seus novos campeões no saibro da Associação Esportiva São José, em São José dos Campos, com as finais de 18 anos transmitidas ao vivo pelo Sportv 3 a partir das 9h. A primeira decisão deste será a feminina, com a britânica Emily Appleton e a húngara Panna Udvardy. Em seguida, o americano Ulises Blanch encara o alemão Louis Wessels pelo título masculino.
Appleton superou o jogo agressivo da sueca Mirjan Bjorklund por duplo 6/4. Apesar de ter sido criada em quadras de grama ou duras e cobertas, sempre teve carinho pelo Banana Bowl, ao qual veio acompanhada do pai e treinador, Michael, e da mãe, Sally. “É um evento muito prestigiado e quando eu era mais nova e ouvi falar do torneio, sempre dizia que queria jogar o Banana Bowl e agora estou no final”, completou britânica que tenta ser a primeira de seu país a vencer a chave feminina do torneio.
Udvardy teve dificuldades para fechar a partida contra a paraguaia Lara Escauriza. Depois de vencer o primeiro set e liderar com 5/3, ela perdeu a segunda parcial e só conseguiu retomar o controle no set decisivo, fechando com 7/5 5/7 6/1. “Quando estava com 5/3, eu não conseguia vencer nenhum ponto. No final, sentei no banco e só pensava. ‘Vamos, você consegue’ e tentei focar na quadra, ser mais agressiva e pode vencer por 6/1. Estou muito feliz”, afirmou a húngara de 17 anos.
Depois de surpreender o cabeça de chave 1 do torneio, Yosuke Watanuki, o alemão Louis Wessels será o primeiro tenista de seu país a decidir o título masculino de 18 anos contra o americano Ulises Blanch, segundo favorito, que busca o sexto título dos Estados Unidos no torneio de tênis mais tradicional do Brasil.
Primeiro alemão em uma final de simples no Banana Bowl, Wessels garantiu vaga ao derrotar o cabeça 1 japonês Yosuke Watanuki por 6/1 4/6 6/4. “Eu estava jogando a 2 graus negativos na Alemanha antes de vir para essas duas semanas no saibro e estar na final do Banana Bowl que é um torneio tão tradicional é ótimo. Espero fazer uma boa final”, afirmou o alemão de 1,98m.
Blanch, que tem pai espanhol e mãe dominicana, venceu o duelo americano contra Oliver Crawford por 6/3 7/5. Cabeça 2 do torneio, Blanch treina em Buenos Aires e não se intimidou com o fato de a maioria do público estar torcendo por Crawford. “Foi uma ótima partida, nós dois jogamos bem e acho que todo mundo queria ver um bom tênis e a torcida estava com ele também por ter um ranking mais baixo, não ser favorito”, explicou jogador de 17 anos.
Enquanto o tênis alemão busca título inédito na chave masculina do Banana Bowl, sendo que Maren Kemper já venceu entre as meninas em 1987, cinco americanos já foram campeões do torneio, com destaques para John McEnroe e Andy Roddick, além de Bill Stanley, David Witt, Andy Roddick e Spencer Papa. Por sua vez, Kristian Capalik foi vice-campeão.
Brasil terá campeão de 16 anos masculino
O Brasil garantiu já neste sábado um título de simples do Banana Bowl na categoria 16 anos masculino, que terá uma final com dois tenistas anfitriões, o pernambucano João Lucas Reis e o brasiliense Gilbert Klier Junior, que tentam entrar na lista de brasileiros campeões com nomes como Gustavo Kuerten, Jaime Oncins, Cássio Motta e Thiago Monteiro.
Principal cabeça de chave, Reis venceu o argentino Bruno Caula por 6/2 6/1. “É muito bom jogar uma final, já morei nesta cidade e gosto muito. Jogar com um amigo também é muito bom”, afirmou o pernambucano. “Ele (Klier) é um jogador que gosta muito de bolas no meio da quadra. Vou tentar mexer o máximo ele e jogar um bom tênis”, explicou.
Klier também venceu em sets diretos, ao marcar as parciais de 7/5 6/3 contra o argentino Tomas Descarrega e também está ansioso pela final brasileira. “Desde os 10 ou 12 anos a gente joga junto, em final de Brasileirão de 10 anos eu joguei contra ele. Ainda não sei o que fazer para ganhar dele, mas vou combinar as táticas para fazer tudo certinho”, afirma o brasiliense
Brasileiras são vice-campeãs nos 14 e 16 anos feminino
A goiana Nalanda Silva e a mineira Marina Figueiredo jogaram pelos respectivos títulos de 14 e 16 anos feminino neste sábado, mas acabaram ficando com o vice em simples. Nas duplas, Nalanda também foi vice-campeã ao lado da catarinense Namie Isago, enquanto Marina conquistou o título na parceria com a venezuelana Luniuska Delgado, que a derrotou na decisão de simples.
Atleta do projeto social Quadra de Talentos, em Minaçu, Nalanda enfrentou na decisão a chilena Jimar Gerald e perdeu por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 6/3. “Foi minha primeira final nas etapas de cima e uma experiência muito boa, não joguei mal”, disse Nalanda. “Ela estava batendo mais forte e eu não consegui manter o meu padrão de jogo. Quando eu encurtava mais a bola, ela entrava e atacava, e eu não conseguia pegar”, comentou Nalanda.
Já Marina Figueiredo estava liderando o primeiro set contra a venezuelana Luniuska Delgado, que conseguiu reagir para levar o título com parciais de 7/5 6/2. “Eu comecei jogando certinho, mas acho que ela começou a me atacar mais e eu ficava mais recuada”, explica. “Eu tive minhas chances mas acho que o principal foi que eu joguei bem, continuei firme e meu nível não caiu tanto. Ela realmente jogou melhor e mereceu”, concluiu Figueiredo.
Daniela Giuntini/Rubens Lisboa