Londres/Inglaterra – Todo tenista sabe o que sente antes de uma partida decisiva, imaginem se esta decisão é no templo do tênis, e o seu adversário é simplesmente Roger Federer, maior ganhador de eventos de Grand Slam, recordista em inúmeras pesquisas, querido do público não importa aonde esteja, a quem você enfrentará na quadra central de Wimbledon.
Todas estas alternativas devem ter passado na cabeça de Cilic, desde que o suíço garantiu vaga na decisão. Depois da euforia da classificação, o croata teve que responder a inúmeras perguntas de jornalistas, fãs, mas com certeza a maior das cobranças estavam justamente na sua cabeça.
A emoção, a euforia de uma vitória e o medo de uma derrota, são as companheiras de um atleta na noite que antecede uma decisão. Um bom competidor, consegue capitalizar todos estes sentimentos a seu favor, mesmo com dúvidas, ele testa a sua capacidade na hora que o arbitro diz: Time!
Mas não podemos esquecer que dentro de cada atleta, existe um Ser humano, com medos, receios, duvidas, e porque não dizer problemas a resolver.
Traído pelos nervos, o croata Marin Cilic chorou copiosamente logo no início do segundo set, no duelo com o suíço Roger Federer na decisão de Wimbledon.
Toda a equipe do croata, depois os presentes no estádio que viram a cena nos telões, e os telespectadores do mundo que estava ligados no jogo, viram a cena. Cilic solicitou ajuda do fisioterapeuta, na primeira, ouviu que o assunto não tinha como ser resolvido, já que estava com um problema de ordem emocional. Ele continuou na partida, e no intervalo, solicitou novamente ajuda, desta vez, para uma dor física que o incomodava, foi feito um curativo no pé, ele voltou a quadra.
O ex-tenista Boris Becker que trabalha como comentarista em uma rede de televisão, descreveu o que o croata sentia naquele momento: “É isto que esta quadra (a central) faz a você. Não há lugar para se esconder. Todos no mundo e na Croácia estão vendo-o e ele sabe disso. “Eu espero que ele se recupere disso”.
Luiz Fernandes