Ícone do tênis no país, Sá atua ao lado de Thomaz Bellucci no Ginásio do Ibirapuera
André Sá (Centrium Ecosolys/Elemidia/BAIC/Ferraz Cicarelli Passold/ Wilson/ Fila), um dos ícones do tênis no Brasil e fora do país, inicia nesta segunda-feira sua campanha no Brasil Open, seu último evento da carreira, e pelo qual defende o título.
Nascido em Belo Horizonte (MG) e radicado em Blumenau desde 2003, André e seu pupilo Thomaz Bellucci enfrentam a dupla do monesgasco Romain Arneodo e o croata Antonio Sancic.
“A expectativa é grande, emoção lá em cima, estou com minha família toda aqui. Espero que não seja o meu último jogo. Obviamente, a gente espera chegar o mais longe possível. Amanhã é o primeiro passo, é sempre legal jogar aqui no Brasil, perto da torcida, dos meus familiares, vai ser um bom ambiente. Segundo jogo da noite, então espero que o pessoal compareça e minha família vai estar com certeza, então espero conseguir ganhar e a gente seguir mais a frente no torneio”, afirma André Sá.
Atual campeão de duplas do Brasil Open, o mineiro afirma que seria a semana ideal poder brigar para defender o título nas rodadas finais do torneio novamente, mas mantém a cautela.
“Tem mais essa pressãozinha aí, mas não estou me preocupando muito, com certeza seria uma semana dos sonhos se a gente pudesse chegar numa final aqui e de repente sair com o título, mas vamos um de cada vez, amanhã é o primeiro passo, vamos com tudo”, finaliza Sá.
Considerado o mentor da geração atual de sucesso de duplas com Marcelo Melo, Bruno Soares e Marcelo Demoliner, Sá é o brasileiro com maior participação em Jogos Olímpicos com quatro disputadas – 2004 em Atenas, 2008 em Pequim, 2012 em Londres e Rio de Janeiro em 2016 – e na Rio-2016 derrotou a dupla de Andy Murray com Jamie Murray, entre os primeiros na época nos rankings de simples e duplas. Nas duas últimas Olimpíadas atuou com o atual pupilo, Bellucci.
Foi ainda Medalhista de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. Teve mais de 100 parceiros na carreira e disputou 18 confrontos de Copa Davis ao tanto nas simples como nas duplas ao lado de nomes como Gustavo Kuerten. Somou em toda a carreira de duplas 290 vitórias e 304 derrotas com onze conquistas em 30 finais.
Em simples, André teve uma carreira também de sucesso. Fez quartas de final em Wimbledon em 2002, atingindo o 55º lugar no ranking em agosto daquele ano. Esteve por quatro temporadas entre os 100 melhores do mundo e jogou contra quatro das melhores gerações do tênis como Pete Sampras/Andre Agassi. Guga/Marat Safin/Lleyton Hewitt Roger Federer/Rafael Nadal, Novak Djokovic/Andy Murray.
Por seus resultados em Wimbledon em simples e duplas, André é um dos poucos brasileiros que tem passe livre no torneio mais tradicional do tênis, o chamado Final 8 Club onde é convidado do torneio e pode levar um acompanhante para o restante da vida. O torneio e o clube são os mais restritos e seletos do mundo do tênis.
Fabrizio Gallas