A dupla cabeça de chave 4 do torneio enfrenta os franceses Julien Benneteau/Jeremy Chardy nesta quarta-feira (31), pela manhã
São Paulo (SP) – Roland Garros é um torneio especial para o brasileiro Marcelo Melo. Na França, em 2015, ele conquistou seu primeiro título de Grand Slam. Agora, mais uma vez, estará na quadra em Paris, em busca de um grande resultado. Nesta edição, terá ao seu lado o polonês Lukasz Kubot, parceiro com quem vem formando dupla desde o início desta temporada. Cabeças de chave número 4, Melo e Kubot estreiam nesta quarta-feira (31), diante de tenistas da casa, a dupla francesa Julien Benneteau/Jeremy Chardy, em partida válida pela primeira rodada. O jogo será o terceiro do dia na quadra 10, que tem programação a partir das 6 horas (horário de Brasília). Assim, a estimativa de início é entre 9h e 9h30 (horário de Brasília).
Melo ocupa o quarto lugar no ranking individual de duplas – é o brasileiro mais bem colocado. Kubot é o atual décimo do mundo. Eles lideram o ATP Doubles Team Race to London, que define as oito melhores parcerias de 2017 para disputar o ATP Finals, no encerramento da temporada.
Um resultado de destaque na França, aliás, pode colocar novamente Melo no primeiro lugar do ranking individual de duplas – posição que ocupou em 2015. Mas, para o brasileiro, o fundamental é jogar bem em Paris para, depois, pensar em voltar a ser líder.
“Eu acho que o importante em Roland Garros é começar muito bem, pegar um bom ritmo e, aí, voltar a número um será consequência dos resultados, dos treinos, de toda uma preparação e das vitórias. Então, é preciso ter a cabeça no jogo a jogo, para quem sabe chegar ao topo até com uma grande conquista em Paris”, explica Melo.
Desde o início do ano, Melo e Kubot comemoraram dois títulos de Masters 1000, em Miami, nos Estados Unidos, e em Madri, na Espanha. Juntos, aliás, somam mais duas conquistas: em 2015 e 2016, quando a dupla se uniu para disputar e vencer o ATP 500 de Viena, na Áustria. Em Paris, jogam como parceiros seu primeiro Grand Slam. No torneio de Roland Garros 2015, Melo foi campeão ao lado do croata Ivan Dodig. No ano passado – também com Dodig – perdeu nas semifinais.
Agora, a dupla chega a Paris confiante pelos bons resultados obtidos nesta temporada e bem preparada fisicamente. “Eu e o Lukasz estamos muito bem fisicamente. Tivemos uma semana de treinos e descanso para poder começar Roland Garros com tudo”, avalia. “Nosso entrosamento também está muito bom. Nos últimos torneios, encontramos o caminho de nossa parceria, jogando bem e conseguindo vitórias e títulos”, observa Marcelo.
A disputa em Roland Garros faz parte de uma gira europeia que conta com seis torneios: começou por Madri, com o título do Mutua Madrid Open; passou por Roma – com Melo e Kubot sendo eliminados nas quartas de final; agora terá Paris e, na sequência, Mercedes Cup (em Stuttgart, Alemanha), Gerry Weber Open (em Halle, na Alemanha) e Wimbledon.
“Os franceses têm carinho pelos tenistas brasileiros. O Guga (Gustavo Kuerten) é reconhecido e reverenciado aqui. As três vitórias dele ficaram muito marcadas e, depois, um pouco a minha também: pela primeira vez um brasileiro conquistou o título de duplas em Roland Garros e Guga estava lá presente, torcendo por nós. Ganhamos diante dos irmãos Bryan (Bob e Mike), que formam a melhor dupla da história. Assim, o Brasil tem títulos em simples e duplas. Por tudo isso, é sempre um torneio especial”, garante Marcelo.
Marcelo Melo é o brasileiro com mais títulos de Masters 1000 na carreira. Em Madri chegou ao sétimo, depois de ganhar Shangai (2013 e 2015), Paris (2015), Toronto (2016), Cincinnati (2016) e Miami (2017), e soma agora 24 títulos de ATP. É também o tenista nacional com maior quantidade de vitórias em duplas na ATP e o único a chegar ao número um do ranking mundial, em novembro de 2015, ficando 19 semanas na liderança, ano em que foi campeão de Roland Garros.
Doro Jr./Deborah Mamone